Polipropileno: o que é, características e aplicações

Devido ao mercado competitivo de nossos dias, polipropileno é um dos plásticos de maior rentabilidade, mostrando a maior taxa de crescimento anual no mundo, devido às suas excepcionais propriedades, desde resistência até ampla versatilidade de aplicação e uso.

O que é polipropileno?

Encontrado nos mais diversos produtos cujo plástico se tornou indispensável, seja como embalagem ou uma parte do próprio produto em si, o polipropileno é um termoplástico semicristalino, produzido através de um processo complexo, oriundo da polimerização do monômero propeno, podendo as macromoléculas de polipropileno conter milhares de unidades monoméricas.

Sendo versátil, pode ser encontrado de várias formas, maximizando suas possibilidades. Rígida ou macia, o polipropileno se apresenta como portador de diversas cores ou na forma cristalina. Ele apresenta resistência ao calor, podendo-se falar até mesmo em acomodação à temperatura, sem falar, é claro, da esterilização.

Contudo, tendo como fim apresentar tais propriedades, esse material precisa passar por um rigoroso processo na hora de sua fabricação, sendo, por exemplo, aquecido em temperaturas especificas, obedecendo um processo onde cada fase apresenta suas exigências. Uma das fases de tal processo é chamada de semifluido e dá origem aos polímeros.

chapa de Polipropileno
Chapa feita em Polipropileno (foto: Divulgação)

Pode-se dizer que uma das características (assunto a seguir) mais conhecidas do polipropileno é a capacidade de ser esticado. Para que o mesmo obtenha tal característica, um dos processos se resume a forçar o polímero derretido através de passagens pequenas para que se obtenha fios elásticos, adequados ao propósito requerido pelo fabricante. Esses fios podem agir como componentes para outros produtos ou como produtos em si, coisa já falada anteriormente. Pelúcias para cobertores, estofados, artigos esportivos e até roupas de baixo são exemplos que denotam a variedade do polipropileno.

Outra informação importante a salientar, é que o polipropileno condiz com as exigências ambientais, podendo ser perfeitamente reciclável, e assim o é. Algumas indústrias já têm este conhecimento e estão fazendo sua parte no combate à poluição. A indústria automobilística, por exemplo, é grande beneficiária da reciclagem de tal liga polimérica, usada para fabricar painéis, tapetes e estofados de carros e ainda invólucros de bateria. O mercado, desta forma, não apenas se auto beneficia, mas mostra que a indústria e o meio ambiente podem andar de mãos dadas com o avanço tecnológico.

Características

As características são muitas, então cabe citar as principais, a saber:

  • Baixo custo;
  • Alta resistência química a solventes;
  • Fácil moldagem;
  • Fácil de colorir;
  • Alta resistência à fratura por flexão ou fadiga;
  • Boa resistência a temperaturas;
  • Boa estabilidade térmica;

Aplicações do polipropileno

Visto os diversos usos possíveis devido a sua alta gama qualitativa, o polipropileno pode ser empregado em diversos formatos e tipos, desde os mais simples, feitos para embalagens e objetos de pouco uso, como potes para guardar alimentos e berços de frutas e ovos, como também as mais elaboradas, feitas para abrigar xampus, cremes de beleza e produtos de limpeza em geral que necessitem de embalagens mais propensas a conservar o tipo de produto que carrega.

Em função de sua resistência, é muito empregado também em objetos que demandam boa estrutura, como em caixotes e engradados plásticos, para transporte de bebidas, frutas e alimentos.

Por fim, o polipropileno pode ser utilizado como meio de confeccionar filmes, ou seja, embalagens flexíveis, sacrificando sua resistência característica em prol de uma atribuição específica. O encontramos ainda em vários tipos de sacarias de grãos, sacolas, forros de móveis e mantas, visto a alta demanda do mercado em relação a bons produtos, produtos diversificados que possam atender as mais altas exigências que crescem em número a cada dia.

Polipropileno é resistente?

material de Polipropileno
Cadeira feita com Polipropileno (Foto: Divulgação)

Sim, afinal, está é uma das características mais importantes do polímero, possuindo resistência não apenas contra impactos ou pressões, mas também resistência química, mantendo-se um produto de qualidade frente a óleos e solventes. O polipropileno também apresenta resistência ao calor (limitada, é verdade).

Polipropileno é toxico?

Podemos dizer que o polipropileno é um polietileno melhorado, comprovadamente atóxico.

Polipropileno x reciclagem

O polipropileno, sendo de uso manejável e de qualidade comprovada, se mostra como um dos plásticos mais alvo de demanda no mundo e pode ser remoldado por simples aquecimento.

A sua reciclagem, portanto, não apenas se torna útil ao ambiente, mas também se configura essencial do ponto de vista econômico, pois o reaproveitamento acaba por fechar um ciclo benéfico à indústria, tendo sempre material a mão com o qual trabalhar e, a posteriori, ofertar, sempre revitalizando o mercado.

Dito isto, há empresas que prometem reciclar o resíduo de polipropileno, convertendo o material ao estágio bruto de fácil manejamento, contudo, os custos devem ser sempre estudados, cuidando para que o processo não se torne inviável (Deve-se levar em conta a questão orçamentaria).

Mas para além da logística, sendo um termoplástico, a reciclagem de polipropileno não só é possível, como também (como já falado) necessária, devendo este ser submetido a temperaturas elevadas, tornando-se assim maleável, permitindo sua transformação em novos subprodutos.

Mas, afinal, como se dá o processo de reciclagem de polipropileno?

O primeiro processo através do qual a reciclagem de polipropileno se torva viável é a separação, isto é, a separação do material de acordo com a sua fabricação anterior ou de acordo com a sua utilização, pois, como se sabe, são diversas suas possibilidades de uso. Material de tamanha qualidade pode converter-se em liga para a fabricação de brinquedos, embalagens para produtos químicos e médicos, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos, computadores, e vários outros objetos cujo mercado possa lucrar em cima.

Então, após a separação acima anunciada, o material deve passar por nova transformação, pelo processo de moagem. O derretimento do plástico assim acontece e nova “matéria prima” acaba por estar no ponto para ser utilizada em novas criações. Mais tarde, o material pode receber vários tipos de corantes, dependendo da finalidade, e, com isso, ser injetado em moldes que lhe darão nova forma, novo propósito.

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